O Teatro Mágico 10 anos - Um show da plateia

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Grandes números circenses são uma das marcas dos shows do grupo Foto: Sílvia Espeschit
Grandes números circenses são uma das marcas dos shows d'O Teatro Mágico Foto: Sílvia Espeschit

Você já ouviu falar n'O Teatro Mágico? A banda, que nunca teve e continua não tendo gravadora, realmente toca pouquíssimo nas rádios. Só por essas informações já dava para desconfiar do quórum para um show no Chevrolet Hall. Mas não pode-se justificar a casa praticamente lotada por ser um show mais especial - de dez anos da banda - ou talvez por ter atraído alguns curiosos. O público da "trupe" - como eles costumam se chamar - é bem intencionado e realmente sabe o que foi fazer naquela noite de 21 de dezembro.

É comum ver em shows um público composto por gente que sabe uma ou duas músicas, que está ali para curtir a noite, beber. Mas a plateia d'O Teatro Mágico vai além de qualquer expectativa. Introjeta perfeitamente um dos ideais do grupo, que é o de fazer (e se sentir) parte do projeto. Além dos cartazes, poema lido em coro e adereços, até bolhinhas de sabão foram mandadas da plateia ao palco. Efeito digno de uma técnica planejada para sair do palco e não para o palco; um casamento tão perfeito entre ídolo e fã que parecia ensaiado.

Misto de teatro, música e poesia dão cara de "grande sarau"
às apresentações do grupo Foto: Sílvia Espeschit

Fernando Anitelli (líder da banda) parece conhecer e reconhecer muito bem os fãs que tem. Junto com os demais integrantes  - bailarinas, atores, músicos - segurou com energia um show de quase três horas e, sem medo do assédio, até puxou um "trenzinho" no meio do público ao fim do espetáculo. Tudo isso para não deixar para trás canções queridas de uma trajetória de 10 anos e quatro discos, no show que encerrava a turnê nacional. A data coroou um amadurecimento que o público mineiro foi acompanhando de perto, desde as apresentações em pequenas casas de shows, até chegar ao grande palco do Chevrolet Hall.


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